Carta de recomendação 2014

 Colabore com suas ideias

A Virada da Mobilidade é um movimento organizado pela sociedade civil para propor melhorias no planejamento, execução e integração de transportes em meios urbanos, criando um canal de comunicação com a administração pública e incentivando o cidadão a atuar como um agente transformador de sua própria realidade. Organizações, especialistas, professores e cidadãos foram ouvidos e produziram dicas importantes que gostaríamos de compartilhar com os municípios, para que possam compor seus planos de mobilidade urbana de forma a permitir que o crescimento venha acompanhado de desenvolvimento, e não de congestionamento.

Estas são sugestões. Fique a vontade para colaborar com este documento

(https://docs.google.com/a/caronetas.com.br/document/d/1OKXFvG7gqxewGpiJrRRqA3cDiN740TTsayavkEv4Ttg/edit)

Investimentos públicos
  1. Promover e investir na melhoria das calçadas, priorizando os locais que garantem acesso aos transportes públicos e ruas com grande fluxo de pessoas, utilizando os padrões de acessibilidade (rampas, piso tátil e anti-derrapante);
  2. Realizar estudos de planejamento para garantir a segurança dos transeuntes; para definir melhor a localização de faixas e sinal de pedestres e sinalização e regulamentação de velocidade;
  3. Priorizar o transporte público sobre o transporte privado, aumentando frotas e disponibilizando informação em tempo real;
  4. Estimular parceria público-privada para a criação de bicicletários e pontos de locação de bicicletas;
  5. Realizar parcerias para transformar parques da cidade em pontos de locação e estacionamento de bicicletas;
  6. Incentivar bolsões de estacionamentos em áreas servidas por eixos públicos de transporte;
Multimodalidade
  1. Criar ruas de uso compartilhado, onde a velocidade do carro é reduzida e não existe desnível entre via carroçável e calçada, estimulando a convivência entre os modais;
  2. Incentivar a Multimodalidade de transportes, criando alternativas para a integração entre os modais (ônibus, trem, metro, bicicletários e táxi), criando diretrizes na execução de obras públicas para que contemplem a integração modal;
  3.  Melhorar a iluminação pública, com foco no pedestre;
  4. Criar faixas para uso compartilhado e utilizá-las como faixas de ultrapassagem de ônibus;
  5. Determinar que táxis estacionem somente em pontos de ônibus, pontos especiais para táxis ou terminais e garagens privadas, impedindo que parem em qualquer local;
  6. Regulamentação da circulação do transporte fretados seguindo regras de paradas específicas;
  7. Regulamentar regiões próximas a escolas e empresas de forma a estimular o uso de diversos tranportes para chegar ;
  8. Investir em integração modal em pontos de acesso inter-estadual e inter-municipal (rodoviárias e aeroportos)
Utilização de espaços públicos
  1. Permitir e regulamentar a criação de Parklets e áreas de estacionamento de bicicletas em todas as regiões onde também há zona–azul;
  2. Criar corredores de ônibus segregados onde houver mais de 3 faixas de rodagem;
  3. Estudar o fechamento de ruas para o fluxo de carro;
  4. Implementar bancos para sentar nas vias mais transitadas da cidade, com distância mínima de 150 metros entre os bancos;
  5. Regulamentar e criar soluções para comércio ambulante nas calçadas, que bloqueiam a via dos pedestres;
  6. Regulamentar e criar soluções para o uso da calçada pelo comércio, por exemplo, estendendo a área e implantando parklets;
Participação da sociedade
  1. Criação de um conselho pelo menos consultivo formado por sociedade civil, empresários e sindicatos da categoria para representar a população nas demandas e sugestões quanto as decisões relacionadas a Mobilidade Urbana;
  2. Criação de canais virtuais para ouvir demandas e atender a população;
Transparência
  1. Criar formas de acesso da população aos dados de transporte público do município bem como os investimentos relativos à criação e manutenção de espaços que são destinados a priorização do transporte individual privado (exemplo: pontes e túneis) e estacionamentos;
Plano diretor
  1. Identificar os eixos de movimentação da cidade e procurar, através de incentivos, reduzir os deslocamentos da população entre os bairros de residência e trabalho;
  2. Criar áreas mistas, permitindo alvará de construção de áreas comerciais desde que acompanhadas de áreas residenciais ou suportadas pela malha pública;
  3. Incentivar o comerciante a reduzir a quantidade de vagas disponíveis durante a construção do imóvel, permitindo assim que o empreendimento novo atraia moradores da região e não estimule quem vem de longe e com carro;
Redução de Acidentes
  1. Determinar que bares, restaurantes, vallets e estacionamentos noturnos tenham bafômetros ao entregar a chave a um motorista;
  2. Estimular a criação de uma profissão regulamentada chamada “motoristas de ocasião” para situações onde o motorista bebeu;
  3. Criar campanhas permanentes sobre acidentes envolvendo álcool e drogas;
  4. Reduzir a velocidade em vias não expressas (bairros) melhorando a convivência entre carros e bicicletas e reduzindo acidentes;
  5. Reduzir a velocidade máxima permitida de motos na cidade;
Transporte sustentável:
  1. Incentivar o deslocamento a pé em distâncias até 3,5km, aliviando o transporte publico, com campanhas de benefícios à saúde e de melhoria da poluição do ar;
  2. Criar corredores de passagem mais rápida para pedestres;
  3. Incentivar a preferência ao pedestre nos cruzamentos;
  4. Incentivar o uso da bicicleta através da criação de ciclo-faixas e ciclo-rotas com integração modal em terminais de ônibus e metro;
  5. Criar bicicletários em pontos estratégicos da cidade;
  6. Incentivar o uso da bicicleta através de incentivos fiscais aos fabricantes;
  7. Promover o transporte motorizado elétrico;
  8. Promover a ciclo-faixa em finais de semana;
Gestão em Transportes
  1. Desenvolver estudos de origem-destino para melhorar o planejamento do transporte;
  2. Promover a integração entre as distintas secretarias da cidade, uma vez que a mobilidade se interliga e se relaciona com todas;
  3. Criar indicadores de transporte público que mensurem a eficiência e utilização da frota disponível pelo contratado;
  4. Criar indicadores de emprego x moradia por região;
  5. Divulgar em pontos de ônibus os horários e linhas programadas;
  6. Criar um dispositivo que o cidadão possa denunciar demoras e lotação;
  7. Criar dispositivos para monitorar a chegada no ponto e tempo de espera;
  8. Publicar relatório de prestação de contas que contenha as informações sobre as licitações, preços e contratações de transporte público, tornando transparentes as ações do governo frente ao desenvolvimento da mobilidade urbana.
Estas são recomendações iniciais e serão acrescidas de outras até a versão final do documento, planejada para 26 de setembro de 2014
São Paulo, 26 de setembro de 2014.
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